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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

quarta-feira, 16 de março de 2016

Variedades: "Eu Sou Carlos Imperial", filme de Renato Terra e Ricardo Calil, estreia amanhã (17/3)




Redação

Carlos Imperial revelou grandes artistas, como Roberto e Erasmo Carlos, Tim Maia e Wilson Simonal. Compôs canções de sucesso, como “A praça”, “Vem quente que eu estou fervendo”, “Mamãe passou açúcar em mim” e “Nem vem que não tem”. Foi apresentador de TV,atuou em cinema e fez sucesso até na política.

Mulherengo ao extremo, malandro e inteligente, Imperial muitas vezes criava factoides para promover seus trabalhos e conquistar espaço na mídia. Empenhou-se em criar uma figura pública de cafajeste. Por muitos anos, ficou conhecido, por exemplo como “homem vaia” nos programas de auditório.

A trajetória do rei da pilantragem, contada no filme "Eu Sou Carlos Imperial" por meio de seu peculiar filtro brincalhão, mulherengo e polêmico, chega aos cinemas em 17 de março. Verdades e mentiras, ficção e realidade, depoimentos documentais e outros encenados ficam embaralhados. No documentário sobre Imperial, assim como em sua vida, a "pilantragem é a apoteose da irresponsabilidade consciente”.

Roberto e Erasmo Carlos, Eduardo Araújo, Paulo Silvino, Tony Tornado e Dudu França são alguns dos artistas que falam sobre o polêmico encrenqueiro no filme. O documentário traz ainda alguns dos maiores sucessos de Imperial, cenas de seus filmes, imagens de seu arquivo pessoal e uma entrevista inédita concedida a Paulo César de Araújo.

Baseado na biografia "Dez, nota dez - Eu Sou Carlos Imperial", de Denilson Monteiro, o filme foi dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, mesma dupla de “Uma Noite em 67” (2010), filme que foi visto por 80 mil pessoas no cinema e se tornou o documentário brasileiro de maior público no ano de seu lançamento. Terra dirigiu também “Fla x Flu - 40 Minutos Antes do Nada” (2013), premiado como melhor documentário do Festival do Rio pelo júri popular.

A produção é da Afinal Filmes. Especializada em pós-produção de documentários, é responsável pelos filmes “As Canções” (2011), de Eduardo Coutinho e “A Música Segundo Tom Jobim” (2011), de Nelson Pereira dos Santos além de outros títulos como “A Floresta Que se Move” (2015), de Vinícius Coimbra e “Frente Fria” (2015), de Neville D`almeida” e as séries de TV “Cilada”, “As Canalhas” e “Conexões Urbanas”, entre outros trabalhos. Em “Eu Sou Carlos Imperial”, a Afinal Filmes estreia na produção para cinema.

O Canal Brasil foi coprodutor do filme, que recebeu patrocínio da RioFilme. A distribuição é da Bretz Filmes.

Para financiar o lançamento, os diretores e a produtora Afinal Filmes bolaram um crowdfunding no espírito Imperialesco: numa brincadeira com a venda antecipada de ingressos do filme Os Dez Mandamentos, foram criados "Os Dez Mandamentos de Carlos Imperial", todos pecaminosos, entre eles: "Amai as lebres sobre todas as coisas" e "Honrarás o papai-mamãe". A lista completa e o financiamento coletivo podem ser acessados em  https://www.catarse.me/eusoucarlosimperial.

                                                                           Carlos Imperial
Nascido em Cachoeiro do Itapemirim (ES), mas considerado uma das principais encarnações do cafajeste carioca, Carlos Imperial (1935-1992) lançou alguns dos maiores artistas da música brasileira, compôs várias canções de sucesso, foi pioneiro do rock no país, apresentador de TV, colunista de jornal, ator e diretor de cinema, produtor teatral, dirigente de futebol, vereador e candidato a prefeito no Rio e incentivador do carnaval carioca (celebrizando o bordão “Dez! Nota Dez!” na leitura das notas para as escolas), entre inúmeras atividades.

 Ficou famoso como grande polemista, um sujeito encrenqueiro, cafajeste e politicamente incorreto, que se orgulhava de ser chamado de “O Gordo”, “o rei da pilantragem”, “homem vaia” e “o grande vilão da TV”. Imperial era também um mentiroso profissional, com um talento especial para inventar histórias que ajudavam a promover seus discos, filmes, peças e outros trabalhos.


Variedades: Jean William e Coral Paulistano Mário de Andrade



Redação

Na exibição de abertura do Festival de Oratórios do Coral Paulistano Mário de Andrade será apresentada a obra A Criação. Dividido em três partes, o oratório foi escrito no fim do século XVIII pelo compositor austríaco Franz Joseph Haydn. Baseada no livro bíblico de Gênesis, a peça aborda, como sugere seu título, a criação do mundo. Entre os solistas está o celebrado tenor paulista Jean William, que integra o corpo estável do Teatro Municipal, no papel do arcanjo Uriel. A regência é de Martinho Lutero. Faz o acompanhamento a Camerata Paulistana.

Serviço
Teatro Municipal de São Paulo. Praça Ramos de Azevedo, s/n, centro, metrô Anhangabaú. Dia 20 de março (domingo), 11h. R$ 5,00. Ingressos à venda na bilheteria ou no site compreingressos.com.

sexta-feira, 11 de março de 2016

Túnel do Tempo: Políticos americanos aliados do racismo




Luís Alberto Alves

Racismo: Em 11 de março de 1956, congressistas americanos se unem para derrubar a decisão da Suprema Corte de proibir a segregação racial nas escolas públicas.

Radiografia de Sampa: Rua São Caetano


Luís Alberto Alves

Esta rua foi aberta a partir de 1802, época em que foi iniciada a construção do "Hospital dos Lázaros" pelo então governador da Capitania, Antonio José da Franca e Horta. Durante muitos anos permaneceu esta rua como uma simples trilha (ou caminho) que, iniciando-se no chamado "Campos da Luz" ou do "Guarepe" (atual AvenidaTiradentes), levava até aquele antigo hospital dedicado aos leprosos. 

Em 1877, ela já era conhecida como "Rua dos Lázaros" e, em 1881, ela aparece citada como "Travessa do Seminário". Nesse mesmo ano, o Arcipreste João Jacinto Gonçalves de Andrade, proprietário de vários terrenos no local, promoveu a abertura e alinhamento de um grande trecho desta rua entre as atuais Rua São Lázaro e até a Rua Monsenhor Andrade. 

oportunidade, o mesmo Arcipreste requereu à Câmara que esta rua fosse denominada como "Rua de Sam Caetano", proposta esta aceita na mesma sessão do dia 28 de março de 1881. São Caetano: Santo da Igreja Católica, fundador da Ordem dos Caetanos, ou Teatinos, nasceu em Vincência no ano de 1480 e faleceu em Nápoles em 1547.  A Rua São Caetano (foto) fica no Bom Retiro, Centro.

Geral: Sobe para 16 o número de mortes por causa das chuvas em São Paulo



  • São Paulo
Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil
São Paulo A cidade de São Paulo está em estado de atenção para alagamentos. Na foto, deslizamento em Francisco Morato (Defesa Civil/SP)
Segundo o Corpo de Bombeiros, deslizamentos em Francisco Morato causaram 10 mortes  Defesa Civil/São Paulo
O Corpo de Bombeiros de São Paulo confirmou, no início desta tarde, a décima sexta morte causada pelas chuvas que atingem a Grande São Paulo desde a noite de quinta-feira (10). Segundo a corporação, foram registradas quatro mortes no município de Mariporã; 10 em Francisco Morato, causadas por um soterramento; e duas por afogamento: uma em Guarulhos e outra em Cajamar.

Um dos municípios mais afetados é o de Itapevi (SP), na Região Oeste da capital paulista. De acordo com a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Itapevi, cerca de 5 mil residências foram afetadas pelas inundações. A Defesa Civil ressaltou, no entanto, que não foram registrados casos de pessoas mortas, feridas, desabrigadas ou desaparecidas.

Na capital paulista, a chuva não causou tantos danos quanto nas cidades do entorno, embora os dois principais rios do município (Tietê e o Pinheiros) tenham transbordado, o que não ocorria desde 2005. Os extravasamentos ocorreram na altura das pontes Presidente Dutra, Limão, Barragem Móvel e Cidade Universitária.

Um canal do Rio Pinheiros transbordou na altura do Cebolão e da Ponte dos Remédios, o que provocou alagamento na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), o maior posto de abastecimento da América Latina, na zona oeste da capital. Segundo a Ceagesp, a perda de alimentos ficou em torno de 200 toneladas, principalmente de melancias. 

A assessoria do entreposto informou que não há riisco de falta de alimentos no varejo. A companhia informou ainda que o terminal opera normalmente desde a manhã. Dos mais de 40 pavilhões existentes no local, apenas o setor que comercializa melancias, abacaxi e coco verde foram interditados para limpeza e liberados no começo da tarde.

Na Zona Leste da cidade, a área mais atingida foi o Jardim Helena, onde 80 famílias foram afetadas e estão sendo assistidas pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e pela Defesa Civil.

A cidade de São Paulo já recebeu, desde o dia 1º de março, 89% da média pluviométrica prevista para o mês todo, que é de 175,8 milímetros (mm) de água. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências, o acumulado de março está em 156 mm.

Política: Especialistas consideram excessivo pedido de prisão do ex-presidente Lula

  • Brasília
Priscilla Mazenotti - Repórter do Radiojornalismo
A juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, titular da 4ª Vara Criminal de São Paulo, não tem prazo para decidir sobre o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido, apresentado pelo Ministério Público de São Paulo, será analisado junto com a denúncia.

O pedido de prisão é visto como excessivo por especialistas. A professora de Direito Penal da Universidade de Brasília, Beatriz Vargas, avalia que o oferecimento da denúncia já era suficiente para a continuidade da ação penal contra Lula.

“Um pedido de prisão preventiva para o ex-presidente, considerando o cenário atual, é acirramento de ânimos, é instabilidade institucional, é uma provocação política absolutamente desnecessária”, afirmou Beatriz Vargas.

São Paulo - Os promotores do Ministério Público do Estado de São Paulo Fernando Henrique Moraes de Araújo, e Cássio Conserino durante coletiva (TV Brasil)
O processo apresentado pelos promotores Fernando Henrique Moraes de Araújo e Cássio Conserino tem 120 páginasReprodução/TV Brasil
Os promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Moraes de Araújo apresentaram a  denúncia contra Lula na quarta-feira (9). Eles alegam que o ex-presidente cometeu crimes de lavagem de dinheiro – na modalidade ocultação de patrimônio – e falsidade ideológica sobre o apartamento tríplex, no Guarujá, litoral paulista. Os promotores detalharam ontem (10) a denúncia.

O processo é longo. Só o expediente despachado à juíza tem 120 páginas. A denúncia contra Lula tem 36 volumes. A decisão pode ser integral, acatando denúncia e pedido de prisão, ou parcial, com o recebimento apenas da denúncia e a rejeição da prisão preventiva.

Para o cientista político Malco Camargos, da PUC de Minas Gerais, o pedido de prisão preventiva impacta no governo, mas principalmente na imagem do próprio Lula, que, segundo ele, tinha ainda uma salvaguarda por ser considerado um nome competitivo para as próximas eleições presidenciais, em 2018.

“É muito claro, ao ver a postura do MP de São Paulo, como a questão política está permeando as decisões do Judiciário, o que é muito ruim para a democracia”, informou o cientista político. “O Judiciário não deveria se envolver com política”, acrescentou.
Os promotores responsáveis pela denúncia e pelo pedido de prisão negam motivações políticas. “A investigação do Ministério Público estadual foi clássica: testemunha-documento. Nada é fruto de invencionice ou especulação.

 É tudo fruto de depoimento testemunhal e da análise de provas documentais”, justifica ontem (10) o promotor Cássio Conserino, um dos responsáveis pela denúncia e o pedido de prisão preventiva.

Os promotores pediram também a prisão preventiva de José Adelmário Pinheiro, o Leó Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS; Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira, executivos da OAS; do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso na Operação Lava Jato; Ana Maria Érnica, ex-diretora da Bancoop; e Vagner de Castro, ex-presidente da Bancoop.

A prisão preventiva de Lula foi pedida dentro do processo que o investiga por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Em relação ao pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na denúncia apresentada ontem (9) pelo Ministério Público de São Paulo à Justiça, o Instituto Lula voltou a negar hoje (10), em nota, que Lula seja dono do apartamento triplex, em Guarujá (SP), alvo da investigação do Ministério Público.

Em nota, o Instituto Lula disse ontem que o pedido de prisão preventiva do ex-presidente é uma “triste tentativa” do promotor Cássio Conserino de usar o cargo dele para fins políticos. “Cássio Conserino, que não é o promotor natural deste caso, possui documentos que provam que o  ex-presidente Lula não é proprietário nem de triplex no Guarujá nem de sítio em Atibaia, e tampouco cometeu qualquer ilegalidade. Mesmo assim, solicita medida cautelar contra o ex-presidente em mais uma triste tentativa de usar seu cargo para fins políticos".

Política: Dilma diz que não vai renunciar

  • Brasília
Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff durante encontro com reitores de institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia, no Palácio do Planalto (José Cruz/Agência Brasil)
A presidente Dilma Rousseff diz que não sairá do cargo sem que haja motivo para tal   José Cruz/Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff afirmou, há pouco, que não vai renunciar ao cargo.

“Ninguém tem o direito de pedir a renúncia de presidente legitimamente eleito sem dar elementos comprobatórios de que eu tenha, de alguma forma, ferido qualquer inciso da Constituição. Não sairei deste cargo sem que haja motivo para tal. Quem quer a minha renúncia tem que proceder de acordo com a Constituição. Solicitar a minha renúncia é reconhecer que não há base real para pedir minha saída do cargo”, disse Dilma, após reunião com reitores dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia no Palácio do Planalto.

Perguntada se estaria resignada e se renunciaria à Presidência, Dilma respondeu: “Vocês acham que eu tenho cara de estar resignada? Vocês acham que eu tenho gênio para me resignar? Eu não estou resignada diante de nada e não tenho essa atitude diante da vida. Acho que essa onda de boatos não contribui e cria uma crise política negativa para a economia brasileira. Temos todas as condições de fazer a retomada. Pelo menos testemunhem que eu não tenho cara de quem vai renunciar”, afirmou a presidenta, em entrevista coletiva.

A Câmara dos Deputados aceitou em dezembro o pedido de abertura de processoimpeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.

                                                                       Manifestações
Sobre as manifestações populares previstas para domingo (13), Dilma pediu que não haja confrontos.

“Faço um grande apelo às pessoas para que sejam capazes de manifestar de forma pacífica. A manifestação é um momento importante do País, de afirmação democrática. Por isso, não deve ser manchada por nenhum ato de violência."

Ela defendeu que se mantenha o que chamou de "vitórias da democracia brasileira". Segundo a presidenta, uma das vitórias, sem dúvida, é o direito de livre manifestação. "Não cabe à gente perder esse patrimônio da tolerância característico do nosso País.”

                                                                          Ministério da Justiça
Quanto ao futuro do ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, Dilma afirmou que decisão da Justiça é para ser cumprida. “Decisão do Supremo eu cumpro”.

Na noite de quarta-feira (9), o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que Wellington Silva deve deixar o ministério em até 20 dias após a publicação da ata do julgamento, prevista para segunda-feira (14). Os ministros da Corte entenderam que ele não pode chefiar a pasta, já que tem cargo vitalício de procurador do Ministério Público da Bahia.

Perguntada se vai pedir para ele ficar no cargo, Dilma respondeu: “Eu vou olhar para ele e falar: olha, meu querido, você decida o seu destino de acordo com as suas convicções e aquilo que lhe é interessante. Ele tem 25 anos de Ministério Público, e não cabe a mim fazer nenhum apelo. Eu não posso prejudicar ninguém.”