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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Variedades: Ao lado de diretor, Dilma assiste animação brasileira indicada ao Oscar


  • Brasília
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff promoveu nesta noite (2) uma sessão de cinema para assistir ao filmeO Menino e o Mundo, indicado para o Oscar de melhor animação em longa metragem este ano. O diretor do filme, Alê Abreu, e outros integrantes da equipe, foram convidados para participar da exibição, ocorrida no Palácio da Alvorada, em Brasília.

O Menino e o Mundo (Divulgação)
Segundo o ministro da Cultura, Juca Ferreira, Dilma "ficou encantada" com a animação O Menino e o MundoDivulgação
Após a sessão, Alê disse que está com "pé no chão" em relação à disputa, pois está concorrendo com os "pesos pesados da indústria", mas que terá esperanças até o momento em que o resultado for anunciado. "Se a gente não sonhasse, a gente não teria feito o filme", disse Alê.

"Foi um imenso prazer comparecer aqui, estar ao lado de cineastas que admiro. É uma celebração de um momento tão importante para o cinema brasileiro", explicou o diretor. Segundo ele, a presidenta elogiou o filme e desejou boa sorte em nome dos brasileiros para que a animação vença o Oscar.

De acordo com o ministro da Cultura, Juca Ferreira, Dilma "ficou encantada" com a produção e pretende retomar a exibir filmes brasileiros no Alvorada com mais frequência.
O Menino e o Mundo concorre ao Oscar com AnomalisaDivertida MenteShaun, o Carneiro e As Memórias de Marnie. A entrega dos prêmios ocorre no dia 28 de fevereiro em Los Angeles.

Variedades: Mocidade Independente conta na avenida a história de dom Quixote de La Mancha



  • Rio de Janeiro
Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil







Dom Quixote de La Mancha vai cair no samba no domingo (7) de carnaval, quando entrar na avenida a Mocidade Independente de Padre Miguel, a verde e branco da zona oeste do Rio. Ela será a quinta das seis escolas do Grupo Especial do Rio que vão desfilar nesse dia. O enredo é O Brasil de La Mancha: Sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, Sou Quixote Cavaleiro, Pixote Brasileiro, desenvolvido pelo carnavalesco Alexandre Louzada e pelo diretor artístico, Edson Pereira, e dedicado ao povo brasileiro que, segundo ele, mesmo com as dificuldades, as crises econômica e política, sonha e tem esperança de um país melhor.
Alexandre Louzada revelou que o carnaval da Mocidade em 2016 é gigante, o que pode ser notado em uma visita ao barracão. As alegorias são altas, longas e algumas contam com tecnologia para os movimentos das esculturas. 

O personagem de Miguel de Cervantes vai estimular a avaliação das "mazelas" do Brasil e propor uma saída para os problemas. O carnavalesco destacou que o lado cultural do enredo propõe a reflexão de que para entender tudo que ocorre no país é preciso mais leitura.

“Para que a gente tenha mais dom Quixotes, daqui para a frente a gente tem que investir mais nos pixotes de hoje, dando as armas certas: livros, lápis, caderno, educação de qualidade, para que eles possam discernir o que é certo e o que é errado. Eles podem ser a geração futura que vai limpar as manchas deste país”, afirmou.
O carro Sacra Insurreição, da Mocidade Independente de Padre Miguel
O carro Sacra Insurreição, da Mocidade Independente de Padre Miguel Cristina Índio do Brasil/Agência Brasil
Dificuldades
Louzada revelou que por causa da alta do dólar e da crise econômica do país, a escola, como tantas outras, enfrentou a falta de importação de produtos, entre eles pedrarias e galões que fazem o enfeite de fantasias. Ele adiantou que não foi preciso substituir muitos materiais, mas que  em algumas alegorias se valeu dos alternativos. “Já fizemos um carnaval pensando um pouco na crise”. Um exemplo é o carro número 5, chamado de Sacra Insurreição. Ele vem em um setor que lembra escritores como Graciliano Ramos e é um réquiem à Guerra de Canudos para destacar os problemas que, ainda hoje, o Nordeste enfrenta.

De acordo com Louzada, na visão original, o enredo era uma luta entre o bem e o mal e, com o aparecimento de fatos novos no país, ele acabou ficando super atual, polêmico e necessário. “Acho que é levantar a bandeira dos anseios do povo, do que o povo gostaria de dizer e ilustrar para todo mundo, o que está acontecendo aqui.

 Não deixar morrer a cobrança popular. Esse enredo tem essa função. Nós nos tornamos o verdadeiro país de La Mancha. Cada dia surge um fato que mancha a imagem do país e a nossa alma".
Confiança
Engana-se, no entanto, quem pensa que o enredo é só tristeza e sofrimento. Com a característica de escola de samba com uma comunidade forte, que canta alto o samba e gosta de animação, o fim do desfile trará a confiança em um país melhor.

 “Nós priorizamos os fatos e não os protagonistas. Os protagonistas, nós queremos que não existam e que sejam postos atrás das grades, que é como o nosso enredo termina, com a esperança de que a Justiça prevaleça e a gente possa viver em um país nota 10 em todos os quesitos”, completou.

O carnavalesco, que desde 1998 conquistou cinco campeonatos, acredita que a Mocidade tem carnaval para um título. “A Mocidade não é um sonho impossível, como diz a própria música-tema do musical de dom Quixote. Competitiva, que ela possa voltar a ser uma escola presente no desfile das campeãs. É uma luta. Temos vários gigantes, vários moinhos para vencer, mas se Deus quiser vamos sair vencedores”, concluiu.

O presidente da escola Wandyr Trindade, o Macumba, concordou com o carnavalesco. Ele disse que ninguém faz carnaval para ficar em segundo lugar. “Estamos com tudo e a Mocidade quer voltar ao astral que tínhamos antes e que perdemos um pouco. Vamos com tudo para disputar o carnaval”, garantiu.

Variedades: Em tom de crítica e reflexão, São Clemente leva à avenida a história do palhaço



  • Rio de Janeiro
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
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O que tem a ver uma padaria com um palhaço? Pois esta história faz parte do enredo Mais de Mil Palhaços no Salão, que a São Clemente vai levar para a Marquês de Sapucaí em 2016. A carnavalesca Rosa Magalhães, pelo segundo ano seguido à frente da escola, disse que a explicação vem de longe. Um padeiro francês trabalhava à noite como cômico, um dia ele chegou atrasado e não conseguiu lavar o rosto que estava sujo de farinha. Ao entrar em cena provocou risos, e os palhaços começaram a jogar farinha uns nos outros e passaram a usar o rosto branco. “A cara branca fez tanto sucesso com os enfarinhados, que até hoje eles usam”, contou ela.

Na alegoria, que tem prateleiras com diversos tipos de pães, há também uma referência às representações folclóricas do Brasil. “As festas e manifestações folclóricas brasileiras todas têm palhaços. Festa do divino, bumba meu boi, Mateus e Catirina. É uma parte do enredo com esta palhaçaria ingênua e popular das festas que vem desde o século 17”, explicou a carnavalesca.
Bobo da corte gigante será levado à Marquês de Sapucaí para ajudar a contar o enredo da São Clemente
Bobo da corte gigante será levado à Marquês de Sapucaí para ajudar a contar o enredo da São Clemente Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil
E como diz o enredo, a escola amarelo e preto de Botafogo, zona sul do Rio, vai mostrar diversas representações dos palhaços. Para Rosa Magalhães, muita gente não tem uma visão clara do que é o palhaço. “Diz-se que palhaço é bobagem, mas não é bobagem. Tem um lado que é de crítica, de reflexão. Não se pode dizer que os filmes do Chaplin são bobagem. 

O Felini tem um filme maravilhoso chamado I Clowns [Os Palhaços, no Brasil], que é também umas reflexões em torno do palhaço. Tem até desfile de moda de palhaço, então, é um tema que acho que é universal todo mundo ri e todo mundo chora.”

A carnavalesca Rosa Magalhães diz que a figura do palhaço tem um lado que é de crítica, de reflexão, que será mostrado no desfile da São Clemente
A carnavalesca Rosa Magalhães diz que a figura do palhaço tem um lado que é de crítica, de reflexão, que será mostrado no desfile da São ClementeCristina Indio do Brasil/Agência Brasil
Rosa destacou que na Europa os palhaços não falam muito, mas no Brasil é o contrário. Além de falarem muito, cantam, dançam e, até na gravação de Pelo Telefone, primeiro samba da história do ritmo, havia palhaços no coro. 

Para ela, o enredo pode ser usado em qualquer ocasião, especialmente em situações de crítica. “Ele não tem data marcada, porque sempre tem alguma coisa que anda fora dos eixos”, completou.

Crítica e reflexão
Por isso, a parte final do desfile será marcada pela crítica, por reflexões. Ela lembrou que no movimento estudantil dos jovens caras pintadas, em 1992, muitos deles usavam chapéu de bobo da corte. Nessa mesma parte do enredo haverá a carnavalesca vai usar panelas de diferentes cores e tamanhos, em uma referência a um panelaço.

 “Por acaso, a cor do bobo da corte na idade média era verde e amarelo, olha que absurdo, eram as cores que eles usavam. As cores dos bufões. Os meninos [caras pintadas] que usaram, aqui, [no Brasil] estavam em um revival da idade média”, lembrou.
Otimismo
Quem também está otimista para o desfile é o ritmista e auxiliar de serviços gerais do barracão Rodrigo Borges da Costa, o Queixada. Ele é contratado pela escola para ficar na entrada recebendo quem chega e impedindo a passagem de quem não está autorizado. Além disso, ele está há 30 anos na bateria da escola.

O ritmista Queixada está otimista com o desfile da São Clemente
O ritmista Queixada, há 30 anos na bateria da São Clemente, está otimista com o desfile da escolaCristina Indio do Brasil/Agência Brasil
“Comecei na ala das crianças e depois fui para a bateria. Comecei tocando repique e passei para o surdo de terceira. É emocionante ver que tudo correu bem no final da avenida”, disse. 

“É muita emoção trabalhar aqui no barracão e depois ver na avenida”, acrescentou, ao destacar que a bateria da escola é a única em que o mestre que a comanda não usa apito para fazer as marcações e paradinhas no ritmo. “A diferença nossa é essa. É tudo por sinal.”

Queixada disse que a emoção de quem é integrante da bateria já começa quando entra na passarela do samba e é recebido com animação pelo público da arquibancada do Setor 1, que é a de ingressos populares. “Aquele é um momento especial. É como um jogador de futebol no Maracanã, com a torcida gritando o nome dele. É a mesma coisa para mim.”

Variedades: Carnaval de Salvador começa hoje com entrega das chaves da cidade ao Rei Momo

  • Salvador
Sayonara Moreno – Correspondente da Agência Brasil
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No início da noite de hoje (3) começa oficialmente o Carnaval de Salvador, com a entrega das chaves da cidade ao Rei Momo, pelo prefeito, ACM Neto.

Por volta das 18h, um cortejo vai sair da Praça Castro Alves, na área central, e seguir para o Terreiro de Jesus, no Pelourinho. A entrega das chaves será no meio do percurso, na Praça Municipal, no centro histórico da cidade.

Com o tema Vem Curtir a Rua, o carnaval deste ano vai ter o apoio de mais de 10 mil trabalhadores da prefeitura de áreas como saúde, limpeza e segurança pública.

Para os turistas que ainda devem chegar à Cidade, a Secretaria de Cultura montou equipes itinerantes, que estarão nos principais pontos de chegada: aeroporto, rodoviária, Terminal Marítimo, praias, Mercado Modelo - um dos pontos turísticos de Salvador -, nos circuitos de carnaval e um ponto de informações turísticas será instalado em outro ponto turístico, o Elevador Lacerda.

Cerca de 7 mil táxis estão autorizados a circular nos dias de carnaval, utilizando a bandeira dois e 2.500 ônibus coletivos devem transitar em em 400 linhas. Na madrugada, quando a demanda é maior no período do carnaval, serão 144 linhas funcionando.

As principais atrações começam a sair às ruas a partir de amanhã. No Circuito Dodô – Barra/Ondina, mais de 20 blocos seguem os trios da Avenida Oceânica. No circuito Osmar – Campo Grande, 16 blocos vão brincar o carnavel. O primeiro deles, às 18h, será puxado pela cantora Ivete Sangalo. O Circuito da Batatinha, no Pelourinho, vai receber oito blocos afro, a partir das 20h.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Túnel do Tempo: Crianças negras nas escolas da Virginia

Dois anos antes tinha acontecido o mesmo na cidade de Littlerock

Luís Alberto Alves

Racismo: No dia 2 de fevereiro de 1959, crianças negras vão pela primeira vez aàsescolas, antes só para brancos, em Arlington e Norfolk, na Virgínia, Estados Unidos. Dois anos antes ocorreu  o mesmo na pequena cidade de Littlerock.

Radiografia de Sampa: Avenida Eliseu de Almeida



Luís Alberto Alves

O guarda civil Eliseu de Almeida nasceu em 21 de setembro de 1927 na Capital Paulista. Foi admitido em 11 de setembro de 1947, como estagiário. Em 10 de março de 1948 foi elogiado pelo espírito de disciplina, garbo e correção, durante a visita do general Eurico Gaspar Dutra, Presidente da República. 

 Em janeiro de 1950 foi promovido a 2ª classe por merecimento. Sacrificou a própria vida num incêndio ocorrido na avenida São João tentando socorrer outras pessoas. Por este ato heróico foi promovido "Post-morte" ao posto de 1ª classe. Faleceu em 20 de setembro de 1950, aos 23 anos de idade.

Geral: Bebê atendido com máscara de oxigênio improvisada é transferido para Manaus





  • Manaus
Bianca Paiva – Correspondente da EBC
O bebê prematuro que nasceu no Hospital de Jutaí, a 750 quilômetros (km) de Manaus, e que foi atendido com uma máscara de oxigênio improvisada com garrafa pet está internado hoje (2) na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, da Maternidade Ana Braga, na capital amazonense.

Ele foi transferido, ontem (1º) à noite, em uma UTI aérea e, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Susam), a aeronave foi utilizada apenas por segurança, já que a criança está com quadro estável e faz uso de oxigênio apenas em intervalos.

O órgão informou que tomou conhecimento do caso no fim de semana e acionou o Hospital de Jutaí. A direção da unidade de saúde disse que o casal de gêmeos nasceu prematuro, aos sete meses de gestação e que a menina, que apresentava maior fragilidade respiratória, morreu poucas horas após o nascimento.

De acordo com o hospital, a falta da máscara de oxigênio e a substituição pelo material improvisado de garrafa pet não teriam contribuído para o óbito da recém-nascida.

Por meio de nota, o secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, anunciou que foi aberta uma sindicância para apurar as circunstâncias do atendimento prestado aos bebês prematuros. Para ele, "é grave o fato de o hospital não ter acionado a Susam informando da situação para que pudesse providenciar uma UTI aérea, serviço que é adotado em casos de emergência nos municípios do interior".