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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Economia: Câmara analisa exigência de ar-condicionado em ônibus urbano




Empresa que descumprir a lei terá o veículo recolhido e multa de até 50 vezes o salário mínimo

Luís Alberto Caju
 Em tramitação na Câmara, o Projeto de Lei 5.564/13 determina que todos os veículos de transporte coletivo no País sejam equipados com aparelho de ar-condicionado com dispositivo regulador de temperatura.
 Apresentada pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), a proposta estipula como punição à empresa que descumprir a regra o recolhimento imediato do veiculo, com proibição de circular até a satisfação da exigência, além de multa de até 50 vezes o salário mínimo e proibição de participar de licitação para prestação serviço de transporte coletivo.
 Maia ressalta que estudos de Medicina do Trabalho atestam que 45% dos motoristas e cobradores sofrem com o calor nos ônibus, e os que trabalham em veículos com ar-condicionado são menos afetados pelo estresse no trânsito.
 “Além disso, a medida trará maior qualidade aos usuários do sistema, dando maior conforto aos que necessitam diariamente pegar o coletivo para o trabalho”, acrescenta. O deputado lembra que diversas cidades já possuem leis municipais que obrigam os ônibus a ter esse equipamento.
Segundo o projeto, as empresas de transporte coletivo terão até três anos para adequarem suas frotas à nova legislação.
                                                             Incentivo fiscal
 A proposta também reduz a zero as alíquotas da 
Cofins incidentes sobre a receita bruta no mercado interno de óleo diesel, partes, peças, pneus e câmaras de ar de borracha, componentes, fluidos hidráulicos, lubrificantes, tintas, equipamentos e serviços a serem empregados no reparo, revisão, manutenção e conservação de veículos prestadores de serviços de transporte coletivo.
                                                            Tramitação
 O projeto será analisado em 
caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação (inclusive quanto ao mérito); e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Geral: Projeto de Lei regula prestação de serviço em salão de beleza




Profissionais exercem funções sem qualquer subordinação
Luís Alberto Caju
 A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 5.230/13, do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), reconhecendo a relação de parceria entre salões de beleza e prestadores de serviços, criando as figuras do “salão-parceiro” e do “profissional-parceiro”.
 O parlamentar argumenta que os profissionais do setor de beleza exercem suas funções sem qualquer subordinação, recebendo percentuais que não condizem com a condição de empregados.

 A proposta define “salão-parceiro” como detentor dos bens materiais necessários ao desempenho das atividades profissionais de cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicuro, depilador e maquiador. Já o “profissional-parceiro”, é quem exercerá essas atividades, mesmo que constituído sob a forma de empresa.

 Segundo a proposta, o “salão-parceiro” centralizará os pagamentos e recebimentos decorrentes dos serviços prestados pelo “profissional-parceiro”, e repassará os valores devidos, conforme percentual acertado previamente. Os tributos serão recolhidos separadamente pelas partes, exclusivamente sobre a parcela que lhe couber.

 O texto exige ainda que a parceria seja formalizada por escrito, firmada diante de duas testemunhas, e informada aos órgãos de tributação, conforme regulamentação da Receita Federal.

                                                                 Sem vínculo
 A parceria entre o salão e o profissional, conforme o projeto, não resultará em relação de emprego ou de sociedade entre os envolvidos. O acordo poderá ser desfeito a qualquer momento, desde que solicitado com aviso prévio de 30 dias.

 “É evidente a dificuldade dos tribunais trabalhistas reconhecerem uma relação empregatícia no setor da beleza porque nessa relação de trabalho estão presentes muitos elementos próprios da atividade autônoma”, argumenta o autor da proposta.

                                                                Tramitação
 O projeto tramita em 
caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Radiografia de Sampa: Avenida Sumaré



Avenida Sumaré, Perdizes, com árvores decoradas em época de final de ano


Luís Alberto Caju

 Esta avenida começou a ser aberta entre 1924 e 1925 pela "Sociedade Paulista de Terrenos e Construções Sumaré Ltda.", mais conhecida na época como "Sociedade Sumaré Ltda.". Em 1929, a Prefeitura aceitou e denominou as 26 ruas e dez praças constantes no loteamento. Para as recém-abertas ruas “2”, “2-D” e “2-E” receberam o nome de Avenida Sumaré. Em 1947 um novo trecho aumentou seu prolongamento entre a Rua Pombal e Cardoso de Almeida.

 Porém o nome oficial como Avenida Sumaré veio somente seis anos depois, desde o início na Rua Turiaçu até o término na Rua Cardoso de Almeida. Em 1978, com a abertura da Avenida Paulo VI, ela ganhou o traçado atual.  O nome Sumaré foi indicação de um dos loteadores do bairro, em 1924, José Rebelo da Cunha, derivado de uma orquídea rara (cyctopodium punctatum), popularmente conhecida como rabo-de-tatu. A Avenida Sumaré fica no bairro de Perdizes, Zona Oeste de SP.

Túnel do Tempo: Brasil na época do FMI


O general João Batista Figueiredo foi o último presidente da era militar no Brasil


Luís Alberto Caju

Carta de intenção com FMI:  No dia 6 de janeiro de 1983, o presidente Figueiredo  (o último do Regime Militar que terminou dois anos depois) assinava carta de intenções  com o FMI (Fundo Monetário Internacional), a primeira, cujo total serão de sete em apenas dois anos.


sábado, 4 de janeiro de 2014

Variedades: Eazy-E, o rapper que usou dinheiro do crime para entrar no Show Biz




Eazy E fez muitos inimigos ao trocar o crime pela música em Los Angeles


A história do rapper Eazy-E jamais pode ser imitada por nenhum jovem que pretenda virar artista. Produtor e executivo de gravadora, Eric Lynn Wright morreu de Aids aos 33 anos por causa do envolvimento com drogas. Morava num bairro violento de Los Angeles (como se fosse Capão Redondo, Zona Sul de SP, ou Vigário Geral no Rio de Janeiro).

 Como traficante conseguiu juntar dinheiro e criou a Ruthless Records. Logo criou o grupo N.W.A. ao lado de Ice Cube, Dr. Dre, MC Ren e DJ Yella. Explodiu nas paradas de sucesso, mesmo sem apoio da mídia. Seus fãs, e talvez maioria fregueses dos pontos onde compravam drogas, gostavam de suas músicas, pois elas viraram trilha sonora dos guetos de Los Angeles. Como ocorreu com o RAP no Brasil nas décadas de 80 e 90. O primeiro disco do grupo saiu em 1988, Eazy Duz It.

 Três anos depois o conjunto acabou e Eazy resolveu tocar o barco sozinho, lançando o álbum 5450 Home 4 Tha Sick, vendendo bem, pois ele passou a compor. Em seguida Dre saiu da Ruthless Records e criou seu próprio selo, a Death Row Records. Virou inimigo de Eazy e gravou o álbum It´s On187 (Dr. Dre) One Killa. Ganhou Disco de Platina, visto que o disco tinha letras repletas de acusações contra o antigo parceiro e Snoop Dogg. Um dos hits era “Real Compton City Gs”.

 Mas o veneno da vingança traz efeitos maléficos. Em 1995 Eazy foi internado infectado com Aids, pouco tempo depois morreu, deixando cinco filhos. Há versões que afirmam que Suge Knight, fundador da Death Row, tenha colocado uma agulha com sangue de um soropositivo e enfiou em Eazy.

 Após sua morte foram lançados os álbuns póstumos: Str8 Of Tha Streetz Of Muthaphuckin Compton e Eternal E. Seu filho Lil Eazy-E é rapper e mora em Compton, onde residia o pai. Já compôs canções com The Game e participou da trilha sonora do jogo True Crime, com o hit “Get It Crackin”. Mesmo após conquistar o sucesso, Eazy não saiu do bairro que lhe deu dinheiro e fama, sendo reconhecido pela contribuição ao RAP.



 Seus hits mais conhecidos são: “Real Muthafuckin´G´s”, “Boys in Tha Hood”, “Eazy Duz It” e “Eazier Said than Dunn”, que entrou no famoso jogo GTA: San Andreas. Apesar de ter envolvimento com o crime, os fãs diziam que Eazy era brincalhão e sociável, além de ajudar vários artistas como Bone Thugs-N-Harmony. Na época do tráfico de drogas, integrava a gangue Crips.

Variedades: O filme “O Menino e o Mundo” em pré-estreia neste final de semana





Luís Alberto Caju

 O MENINO E O MUNDO tem pré-estreia aberta ao público neste fim-de-semana em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Salvador e Florianópolis. Longa-metragem apresenta música-tema composta e interpretada pelo rapper Emicida, além de trilha sonora original feita por Ruben Feffer e Gustavo Kurlat com as participações de Naná Vasconcelos, Barbatuques e GEM – Grupo Experimental de Música. 

 O filme conta o drama de um menino que sofre com a falta do pai, quando então ele resolve partir em sua procura. Nessa jornada descobre aos poucos a realidade ao seu redor; um mundo fantástico dominado por máquinas-bichos e estranhos seres, revelando também aos espectadores o seu olhar ingênuo diante de questões existenciais, culturais e políticas num mundo globalizado.

 A grande jogada deste longa metragem é revelar o ponto de vista do menino, e na contramão da estética padronizada das atuais produções animadas, encontra linguagem própria, partindo da simplicidade das garatujas infantis e criando um universo lúdico, colorido e em alguns momentos quase abstrato.

O cineasta utiliza diversas técnicas artísticas como desenhos, pinturas e colagens, misturando materiais como lápis de cor, giz de cera, canetinhas etc., convidando o espectador a embarcar no mundo de sonhos da criança e mergulhar em um universo onde tudo é possível.

 A trilha sonora de O MENINO E O MUNDO traz a participação do percussionista Naná Vasconcelos, Barbatuques e GEM (Grupo Experimental de Música) interpretando as canções de Gustavo Kurlat e Ruben Feffer. Emicida escreveu o RAP “Aos Olhos de Uma Criança” especialmente para o filme. Os poucos diálogos da trama acontecem numa língua “ao contrário” e as músicas também foram compostas assim. Um grande desafio para atores, compositores e cantores.

FICHA TÉCNICA

Direção, roteiro e montagem: Alê Abreu
Coordenação Artística: Priscilla Kellen
Produção Executiva: Tita Tessler e Fernanda Carvalho

Música Original: Gustavo Kurlat e Ruben Feffer
Participações Especiais: Emicida, Naná Vasconcelos, Barbatuques e GEM - Grupo Experimental de Música

Vozes: Vinicius Garcia (Menino), Felipe Garcia (Jovem), Alê Abreu (Velho), Lu Horta (Mãe), Marco Aurélio Campos (Pai) e Cassius Romero (cachorro)
Vozes Adicionais: Nestor Chiesse, Alfredo Rolo, Patricia Pichamone, Melissa Garcia
Mixagem: Pedro Lima, Marcelo Cyro, André Faiman, Ariel Henrique
Pós-Produção de Áudio: Mixagem, Pedro Lima, Estúdio De Mixagem, Cinecolor Digital

Distribuição: Espaço Filmes
Distribuição Internacional / TV e VOD no Brasil: ELO Company
Patrocínio: Petrobras, BNDES e Sabesp.
Apoio: Proac (Programa de Fomento ao Cinema Paulista), Secretaria Municipal de Cultura e Governo do Estado de São Paulo



Radiografia de Sampa: Rua Luís Goís



A Rua Luís Goís fica no Bairro da Saúde, Zona Sul de SP







 Luís Alberto Caju

  Essa importante rua do bairro da Saúde, Zona Sul de SP, é uma homenagem ao sertanista paulista, que fez diversas entradas no então Sertão de Paranaguá, no Paraná, em busca de metais preciosos e minas no ano de 1679.

 Alguns escritores fazem confusão com colono Luís de Goís, irmão do capitão-mor Pero de Goís. Ele teria feito grande trabalho catequização na Índia, como membro da Companhia de Jesus, conhecidos como Jesuítas. 

 Outros confundem também com o músico português Luís Goes. Nos dois casos não há nenhuma ligação em relação ao Luís Goís, cujo nome serviu para batizar essa rua.