Acordo deixa o idioma português mais escuro, com mais problemas
Luís Alberto Caju
Acordo de
burros:
No dia 16 de dezembro de 1990 é assinado o acordo em Lisboa de unificação
ortográfica pelos países de língua portuguesa.
Pelas novas regras, palavras
separadas por hífen sofrem mudanças. Por exemplo: antiinflacionário passa a ser
grafada como anti-inflacionário, microondas que antes era escrito junto ganham hífen,
micro- ondas.
Tapa
na cara da honestidade: O STF (Supremo Tribunal Federal)
determinou que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) restabeleça o salário
do desembargador Arthur Del Guércio Filho, afastado das funções desde o dia 3
de abril por suspeita de corrupção. Quem assinou a decisão foi o ministro
Joaquim Barbosa, presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O suspeito é investigado pela Polícia Federal
por ter enviado mensagens de celular a advogados pedindo quantias em dinheiro
de até R$ 35 mil. Guércio Filho teve o afastamento temporário decretado por
unanimidade no TJ/SP. Talvez seja por
esse motivo que a estátua que simboliza a Justiça tenha os olhos vendados. Tudo
para não ver a sujeira que há no Judiciário, onde poderosos ficam impunes,
mesmo diante de provas, e fracos (podres, pretos e prostitutas) são punidos com
todo o rigor da Lei.
Vergonha
esportiva: Caso o Fluminense permaneça na Série A do Campeonato
Brasileiro, mandando a Portuguesa de volta à Série B, a vergonha deixou de
existir definitivamente em nosso futebol.
Hoje, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), por meio da
comissão disciplinar, julga a equipe paulista por ter usado o meia Héverton na
última rodada deste campeonato, que teria de cumprir dois jogos de suspensão.
A Lusa corre o risco de perder os pontos,
mantendo o Fluminense na Primeira Divisão do Brasileirão. Infelizmente o nosso
futebol virou “casa de mãe Joana”, onde dirigentes usam clubes como trampolim
para vida política. Há muito esse esporte deixou a beleza de lado, virando
verdadeiro circo de horror.
Pesquisa revela que o sabor mussarela é o preferido no Brasil
Luís Alberto Caju
Pizza mais cara é em Sampa: Pesquisa feita no banco de dados do
grupo Hello Food (empresa de pedidos via internet presente em 30 países)
revelou que a pizza feita em São Paulo é uma das mais caras do Brasil, seguida de Brasília Pelo
índice da Pizza de Mussarela, a empresa estudou o valor deste prato em várias
capitais brasileiras.
O estudo mostrou que mussarela
é o sabor predileto dos consumidores, com o maior número de pedidos de
delivery em todo o País. O preço médio do prato preferido nas noites de
sábados e domingos fica na média de R$ 40,00 em capitais como São Paulo, Rio
de Janeiro, Florianópolis e Fortaleza. O valor cai para R$ 30,00 em Porto
Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife e R$ 20,00 nas cidades de Goiânia,
Cuiabá, Manaus, São Luiz, Natal e Maceió.
De acordo com a Hello Food, o
preço médio da pizza de mussarela no Brasil é de R$ 32,00. A mais cara é
comprada em Brasília, R$ 58,00 e a mais barata, R$ 18,00, em Maceió. O valor
da pizza acompanhou o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) durante
todo este ano, exceto no mês de março, quando a alta do tomado inflacionou o
valor desta iguaria.
A pesquisa mostrou que São
Paulo é a maior consumidora de pizza no País. O estudo revelou os bairros
onde ela é mais cara ou barata. Pizza de preço baixo se encontra nos bairros
do Limão, Santana, Tucuruvi, todos na Zona Norte da capital paulista;
Perdizes e Lapa (Zona Oeste), Tatuapé, Penha e Itaquera (Zona Leste). Valor
alto têm as pizzas vendidas em Moema, Vila Olímpia, Morumbi, Jardins, Campo
Belo, Paraíso e Paulista (Zona Sul) e Mooca (Zona Leste).
A Hello Food está presente na
Índia, Indonésia, Malásia, Paquistão,
Singapura, Taiwan, Tailândia, Vietnã, Gana, Costa do Marfim, Quênia,
Marrocos, Senegal, Nigéria, Arábia Saudita, Rússia, Argentina, Brasil,
Chile, Colômbia, México, Peru, Hungria, Venezuela, Polônia, Ucrânia,
Romênia e República Checa.
Telégrafo
transcontinental: No dia 12 de dezembro de 1901 ocorria a primeira transmissão,
entre Inglaterra e Estados Unidos, realizada pelo italiano Guglielmo Marconi.
Para Mantega é melhor controlar inflação do que criar mecanismos para reduzir vítimas fatais em acidentes de trânsito
Luís
Alberto Caju
Acidentes
no lugar de inflação alta: Pegou mão a opinião do ministro da
Fazenda, Guido Mantega, de acenar com a prorrogação do prazo para instalação
obrigatória de airbags (bolsas que inflam em caso de colisão) e freios ABS (que
evitam o travamento das rodas) em todos os carros novos.
A exigência dos dois itens para 100% da frota
nova no próximo ano está prevista desde 2009 em duas resoluções do Contran
(Conselho Nacional de Trânsito), formado por representantes de oito
ministérios. Pelo visto o governo
federal está mais preocupado com os preços dos veículos, do que com
dispositivos que possam reduzir o número de vítimas fatais em acidentes.
Enquanto isso na Europa, todos os automóveis
saem de fábrica com Airbags e freios ABS. Mantega afirmou que os dois
dispositivos poderiam elevar de R$ 1.000,00 a R$ 1.500,00 nos carros. Na sua
avaliação, a inflação poderia sofrer impactos. Parece que o governo federal não
se preocupa com a segurança de milhares de vidas que diariamente enfrentam o
perigoso trânsito brasileiro.
É melhor controlar a inflação do que gastar
muito dinheiro nas sequelas deixadas nos acidentes registrados nas ruas e rodovias
de todo o País. Sou obrigado a concordar com o estadista francês Charles de
Gaule: “O Brasil não é um país sério”. Infelizmente.
Estadistas
adolescentes:
O trio de estadistas parecia que estava numa festa, em vez do funeral de Nelson Mandela
Funeral virou evento light! Essa é a
conclusão que tiro após a foto do trio Obama (presidente dos EUA), Helle
Thorning Schmidt (primeira-ministra da Dinamarca) e David Cameron (premiê
britânico), bem no estilo das redes sociais, feita nas arquibancadas do estádio
onde ocorre o velório de Nelson Mandela na África do Sul.
Não conheço ninguém que vá
ao velório e encontre ali clima de alegria. Pelo contrário há tristeza.
Portanto, a foto do trio citado acima é desrespeito à memória de Mandela e a
sua família. Mas o que esperar de um mundo onde a vida perde cada vez mais o
valor? Com as pessoas interessadas apenas em consumir, sem qualquer preocupação
a quem esteja a seu redor.
Americana
faz Eduardo VIII deixar trono: No dia 11 de dezembro de 1936, o rei da Grã-Bretanha,
Eduardo VIII, abdica ao trono, optando pelo amor da norte-americana Wallis
Simpson.
Descaso
com patrimônio público: A antiga sede da Polícia Federal em São
Paulo, na esquina da Avenida Rio Branco com Largo do Paiçandu, Centro, mostra
que o governo federal não cuida do próprio patrimônio. O prédio, revestido em
grande parte com lâminas de vidro verde, está pichado, sujo e parte das portas
danificadas.
A calçada diante do imóvel virou banheiro público. Em algumas
horas do dia é forte o odor de fezes e urina no local. Até quando vai continuar
nesta situação ninguém sabe, mas esse exemplo revela que o governo faz “vistas
grossas” para este tipo de problema.
Bola
fora:
Pegou mal a atitude da Rede Globo enviando para África do Sul apenas
jornalistas brancos na cobertura do funeral de Nelson Mandela. É o mesmo que
colocar repórteres especialistas em Música Clássica para fazer matérias dos
desfiles de escolas de samba ou enviar expert em futebol para acompanhar a
final do mundial de Fórmula-1.
Mas desta emissora de televisão, que durante
décadas foi íntima de todos os presidentes do Regime Militar, imposto por um
Golpe de Estado, em 1964, não se pode esperar algo de bom. Conseguiram fazer
uma novela, onde não existia um personagem negro, como se o Brasil fosse a
Suécia. Depois reclamam da queda de audiência. Com a exibição de tanto programa
de péssima categoria, a Rede Globo em breve será o que a Tupi foi no passado:
falida.