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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Túnel do Tempo: Eduardo VIII deixa trono britânico por amor



O amor foi mais forte que o trono britânico

Luís Alberto Caju


Americana faz Eduardo VIII deixar trono:  No dia 11 de dezembro de 1936, o rei da Grã-Bretanha, Eduardo VIII, abdica ao trono, optando pelo amor da norte-americana Wallis Simpson.

Jiló com Pimenta: Abandono da antiga sede da Polícia Federal, Bola fora da Globo


O prédio se encontra abandonado no Centro de SP
Luís Alberto Caju

Descaso com patrimônio público: A antiga sede da Polícia Federal em São Paulo, na esquina da Avenida Rio Branco com Largo do Paiçandu, Centro, mostra que o governo federal não cuida do próprio patrimônio. O prédio, revestido em grande parte com lâminas de vidro verde, está pichado, sujo e parte das portas danificadas. 

A calçada diante do imóvel virou banheiro público. Em algumas horas do dia é forte o odor de fezes e urina no local. Até quando vai continuar nesta situação ninguém sabe, mas esse exemplo revela que o governo faz “vistas grossas” para este tipo de problema.

Bola fora: Pegou mal a atitude da Rede Globo enviando para África do Sul apenas jornalistas brancos na cobertura do funeral de Nelson Mandela. É o mesmo que colocar repórteres especialistas em Música Clássica para fazer matérias dos desfiles de escolas de samba ou enviar expert em futebol para acompanhar a final do mundial de Fórmula-1.


 Mas desta emissora de televisão, que durante décadas foi íntima de todos os presidentes do Regime Militar, imposto por um Golpe de Estado, em 1964, não se pode esperar algo de bom. Conseguiram fazer uma novela, onde não existia um personagem negro, como se o Brasil fosse a Suécia. Depois reclamam da queda de audiência. Com a exibição de tanto programa de péssima categoria, a Rede Globo em breve será o que a Tupi foi no passado: falida.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Jiló com Pimenta: Fifa preocupada com a segurança na Copa do Mundo, Grandes empresa na lista da máfia do ISS



 
A Fifa exige segurança redobrada para impedir brigas nas arquibancadas
Luís Alberto Caju
Segurança na Copa do Mundo: A ilibada Fifa, ícone de honestidade no futebol mundial e acima de quaisquer suspeitas, está preocupada com a segurança durante a Copa do Mundo/2014 no Brasil. O secretário-geral Jérôme Valcke afirmou ter ficado impressionado com os atos violentos registrados durante a partida entre Vasco da Gama e Atlético/PR, em Joinville (SC), no domingo (8).
"Temos que aumentar os níveis de segurança. Não posso afirmar que na Copa não vai acontecer, mas posso afirmar com 99,9% de certeza que não vai acontecer, não pode acontecer, grupos não podem brigar assim. Temos que aumentar a segurança no estádio e nos arredores. Temos que ter certeza que isso não vai acontecer", disse. Segundo ele, estádios de futebol não é lugar para brigar.
 Acredito que esse triste episódio não ocorrerá durante os jogos da Copa no Brasil. A maioria dos ingressos ficará nas mãos de pessoas de bom poder aquisitivo. O pobre assistirá aos jogos pela televisão. Pode acontecer encrenca perto dos estádios, pois muitos tentarão entrar à força, principalmente na abertura e final do mundial.
 Porém a maior violência foi cometida pela Fifa ao estipular preços absurdos nos ingressos. Talvez a intenção fosse deixar o trabalhador de fora, privilegiando a elite. É agressão de uma entidade que não gastou um centavo do bolso, estipulou regras absurdas ao governo brasileiro, como a venda de bebida alcoólica durante as partidas, por causa de um grande anunciante de cerveja. Quanto a essa falta de segurança, de bom caráter, por enquanto é difícil encontrar meio de reprimir a forte volúpia pelo dinheiro, que caracteriza a Fifa.
Suposta lista de propina: voltou a cheirar mal o vaso sanitário da corrupção na Prefeitura de SP. De acordo com uma suposta lista da propina do fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, algumas grandes empresas da capital paulista, inclusive um hospital conceituado, teriam “molhado” as mãos para escaparem do pagamento do ISS (Imposto Sobre Serviços).
A suposta lista com os nomes das empresas estariam com o fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães
  O Shopping Center Iguatemi (templo do consumismo da elite paulistana na região dos Jardins, Zona Sul de SP) garante que realizou todos os recolhimentos pelas empresas contratadas para execução da obra. A Fundação Cesp informou ter assumido o compromisso de apresentar documentos comprovando que vendeu a cota de 20% de um empreendimento na Avenida 23 de Maio antes de 10 de julho de 2010, data citada pelo fiscal corrupto na lista como de recolhimento do dinheiro.
Outro peso pesado da área imobiliária, a Brookfield, assumiu o pagamento de R$ 4,1 milhões à máfia do ISS. A Cyrela, do mesmo segmento comercial, ressaltou que “preza pela transparência e seriedade” e se prontificou a prestar esclarecimentos às autoridades. Ela desconhece qualquer “irregularidade” em seus empreendimentos. Além de cumprir com as obrigações fiscais e tributárias.
 Se existe fiscal corrupto, do outro da linha há corruptor. Cabe ao Ministério Público investigar e descobrir quem são as empresas que agiram de má fé ao pagar propina para acelerar o processo de licenciamento de seus empreendimentos. Não pode ficar igual ao esquema do falecido PC Farias, que arrecadou milhões para eleger o presidente Collor de Mello e até hoje nunca apareceu quem lhe repassou grande quantidade de dinheiro. Como se diz na periferia, onde boa parte da população é honesta e trabalhadora: quem não deve, não teme.




segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Túnel do tempo: Líder sindical Lech Walesa eleito presidente


Lech Walesa, de eletricista a presidente da Polônia


Luís Alberto Caju

 No dia 9 de dezembro de 1990, o líder sindical Lech Walesa era eleito presidente da Polônia. Durante anos ele esteve à frente do  sindicato Solidariedade, a primeira entidade independente neste segmento dentro do então regime comunista do bloco soviético. Em 1983 ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Eletricista, Walesa foi perseguido pelas autoridades polonesas, mantido sob vigilância, demitido em 1976 do estaleiro de Gdansk, onde trabalhava.

 Em agosto de 1980 tornou-se co-fundador do Solidariedade. Preso novamente, a Lei Marcial impediu o funcionamento do sindicato. O ano de 1989 marcou o acordo que provocou eleições na Polônia, num governo liderado pelo Solidariedade. Após o cumprimento do mandato à frente daquele país, 1995, teve seu papel político reduzido, mas prossegue fazendo palestras no Exterior descrevendo como um eletricista chegou à administração da Polônia, além de enfrentar a ditadura imposta pela então União das Repúblicas Socialistas Soviética.



Radiografia de Sampa: Rua Paula Souza


A Rua Paula Souza fica na região da 25 de Março, Centro de SP

Luís Alberto Caju

  Antonio Francisco de Paula Souza nasceu em Itu (SP) em 1843, filho de família tradicional de produtores de café e de influentes políticos na época do Brasil império. Ele participou da fundação da Escola Politécnica de São Paulo. O pai, engajado na luta contra o fim da escravidão o País,  era médico e sua mãe filha do Barão de Piracicaba.

 O jovem herdou as qualidades de influência liberais da família, vivendo alguns anos na Alemanha. Estudou na Universidade de Zurik, Suíça, morou na Itália, onde escreveu o livro “República Federativa do Brasil”. Em 1869 foi para os Estados Unidos; retornou à Europa onde se casou.

No final do século XIX fixou residência definitiva em Itu. Após a proclamação da República foi presidente da Câmara Estadual, ministro das Relações Exteriores e da Agricultura. A Rua Paula Souza fica na região da 25 de Março, Centro de SP.




Jiló com Pimenta: presídios para torcidas organizadas


Melhor local para torcedores violentos é dentro de presídios, lugar destinado aos criminosos


Luís Alberto Caju

Torcidas organizadas em presídios: Após a selvageria entre torcedores do Atlético/PR e Vasco da Gama na partida disputada em Joinville (SC), no domingo (8) vejo que o melhor lugar para torcida organizada é assistir partidas de futebol dentro de presídios. São criminosos e pessoas deste tipo precisam ficar longe da população, pois colocam em risco a vida do próximo.

 Em todos os times se repete a mesmo modo de agir nesses adoradores da violência. Sentem prazer nas agressões. Nunca vão estádios para apoiar a equipe que se dizem torcedores, mas visando agredir, provocar baderna e até mortes. Não digo que são animais, porque erraria ao associá-los a seres irracionais, que agridem como instinto de sobrevivência, com esta corja de lixo da nossa sociedade.


 Há muitos anos me questiono: de onde esses torcedores retiram dinheiro para acompanhar o seu time de coração em todos os lugares? Não existe empresa que tolera faltas excessivas de funcionários sem demiti-los. Caso não tenham trabalho, possivelmente estejam envolvidos em práticas criminosas, até para conseguir dinheiro para bancar essas viagens. 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Internacional: A paz perde um guerreiro, morre Nelson Mandela



O terror do apartheid não derrotou a determinação de Mandela

Luís Alberto Caju
 A morte de Nelson Mandela nesta quinta-feira (5) deixa o mundo mais pobre em relação à luta pela paz e igualdade social. O homem que ficou encarcerado 27 anos, mas não permitiu que o ódio dominasse o coração. A máquina do apartheid (horroroso sistema de discriminação inventado pela África do Sul na década de 50) perdeu a força contra o preso político mais famoso do mundo da década de 1960 até 1990.
 Lembro-me de sua única e inesquecível visita ao Brasil, em 02 de agosto de 1990, para pedir apoio à sua causa. Recepcionado num almoço no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, descreveu o terror do apartheid em poucas palavras: “No meu país brancos e negros não podem conviver no mesmo espaço, como vejo aqui neste almoço. Nem sequer podem andar juntos na mesma calçada, mesmo sendo humanamente iguais”.
 Por causa de ameaças de extremistas, desde a libertação ocorrida em fevereiro daquele mesmo ano, uma multidão de policiais esteve ao redor do líder pacifista sul-africano. Era muito difícil qualquer contato com ele. Após o evento, Mandela saiu do local onde fora recepcionado para ir embora. No saguão a imprensa o aguardava, após várias horas de espera.
 A Polícia Federal tentou impedir qualquer contato, às vezes com empurrões e gritos. Neste momento aconteceu algo maravilhoso. Mandela olhou para nós, alguns com blocos de papel, gravadores e máquinas fotográficas nas mãos e pediu de forma serena calma aos policiais.
Durante 15 minutos respondeu diversas perguntas. Neste curto período, que para mim foi grandioso, pude observá-lo a menos de 2 metros de distância. Alto, talvez com 1,90m, os cabelos brancos na cabeça e o sorriso cativador. A voz pausada pela experiência da vida de lutas (e foram inúmeras) trouxe respostas brilhantes.
Ao perceber vários jornalistas negros e brancos juntos, mais uma vez atacou o apartheid: “Na África do Sul nas últimas décadas essa cena que vejo aqui neste lugar, não acontece. Ali não há igualdade, só barbárie e violência contra a população negra”. Mesmo com problemas que vocês enfrentam, ressaltou, percebo que o Brasil é um país maravilhoso, pois existe igualdade nesta nação.
Lista de convidados do inesquecível almoço oferecido a Nelson Mandela em São Paulo
 De forma lenta, virou-se e tomou a porta da saída do Palácio dos Bandeirantes, acenando para multidão que se espremia no saguão. De forma inesperada participei de um momento, que hoje classifico de inesquecível: estar diante do homem, que após Gandhi e Martin Luther King, sintetizou o quanto é maravilhoso não se deixar contaminar pelo ódio, o combustível da violência em todos os níveis.
 Passados 23 anos, nesta quinta-feira vieram à minha mente todas as lembranças desse encontro com Nelson Mandela. Do homem que lutou até fim para que o seu povo conhecesse o doce gosto da liberdade, sem qualquer resquício de revanche no coração. Mesmo maltratado pelo sistema prisional sul-africano, que resultou em sérios ataques à saúde, conseguiu viver para derrotar o aparheid. Entrou para a eternidade. Nunca será esquecido, mas lembrado, pois o “choro pode durar uma noite, mas alegria vem pela manhã”.
 O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, disse em pronunciamento nesta sexta-feira (6), que o velório do ex-presidente Nelson Mandela vai acontecer no dia 10 no Estádio Nacional de Johannesburgo, capital do país, e o enterro será no dia 15 na aldeia de Qunu, onde o líder passou sua infância. Entre os dias 11 e 13 de dezembro, o corpo de Mandela ficará exposto em Union Buildings, em Pretória, residência oficial e sede do gabinete da Presidência do país, local onde ele tomou posse após vencer as primeiras eleições democráticas depois do fim do apartheid. Cerimônias em memória do ex-presidente acontecerão em todo o país no período.
 Segundo Zuma, livros de condolências em todas as representações diplomáticas do país no Exterior, enquanto no quarto dia após a morte, iniciarão as visitas de "dignatários" à família de Madiba. No sexto dia após a morte de Mandela, será realizada uma cerimônia comandada por Zuma, na presença de líderes de várias organizações, que será acompanhada por telões nas principais cidades do país, incluindo o bairro Soweto, em Johannesburgo.