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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Túnel do tempo: Líder sindical Lech Walesa eleito presidente


Lech Walesa, de eletricista a presidente da Polônia


Luís Alberto Caju

 No dia 9 de dezembro de 1990, o líder sindical Lech Walesa era eleito presidente da Polônia. Durante anos ele esteve à frente do  sindicato Solidariedade, a primeira entidade independente neste segmento dentro do então regime comunista do bloco soviético. Em 1983 ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Eletricista, Walesa foi perseguido pelas autoridades polonesas, mantido sob vigilância, demitido em 1976 do estaleiro de Gdansk, onde trabalhava.

 Em agosto de 1980 tornou-se co-fundador do Solidariedade. Preso novamente, a Lei Marcial impediu o funcionamento do sindicato. O ano de 1989 marcou o acordo que provocou eleições na Polônia, num governo liderado pelo Solidariedade. Após o cumprimento do mandato à frente daquele país, 1995, teve seu papel político reduzido, mas prossegue fazendo palestras no Exterior descrevendo como um eletricista chegou à administração da Polônia, além de enfrentar a ditadura imposta pela então União das Repúblicas Socialistas Soviética.



Radiografia de Sampa: Rua Paula Souza


A Rua Paula Souza fica na região da 25 de Março, Centro de SP

Luís Alberto Caju

  Antonio Francisco de Paula Souza nasceu em Itu (SP) em 1843, filho de família tradicional de produtores de café e de influentes políticos na época do Brasil império. Ele participou da fundação da Escola Politécnica de São Paulo. O pai, engajado na luta contra o fim da escravidão o País,  era médico e sua mãe filha do Barão de Piracicaba.

 O jovem herdou as qualidades de influência liberais da família, vivendo alguns anos na Alemanha. Estudou na Universidade de Zurik, Suíça, morou na Itália, onde escreveu o livro “República Federativa do Brasil”. Em 1869 foi para os Estados Unidos; retornou à Europa onde se casou.

No final do século XIX fixou residência definitiva em Itu. Após a proclamação da República foi presidente da Câmara Estadual, ministro das Relações Exteriores e da Agricultura. A Rua Paula Souza fica na região da 25 de Março, Centro de SP.




Jiló com Pimenta: presídios para torcidas organizadas


Melhor local para torcedores violentos é dentro de presídios, lugar destinado aos criminosos


Luís Alberto Caju

Torcidas organizadas em presídios: Após a selvageria entre torcedores do Atlético/PR e Vasco da Gama na partida disputada em Joinville (SC), no domingo (8) vejo que o melhor lugar para torcida organizada é assistir partidas de futebol dentro de presídios. São criminosos e pessoas deste tipo precisam ficar longe da população, pois colocam em risco a vida do próximo.

 Em todos os times se repete a mesmo modo de agir nesses adoradores da violência. Sentem prazer nas agressões. Nunca vão estádios para apoiar a equipe que se dizem torcedores, mas visando agredir, provocar baderna e até mortes. Não digo que são animais, porque erraria ao associá-los a seres irracionais, que agridem como instinto de sobrevivência, com esta corja de lixo da nossa sociedade.


 Há muitos anos me questiono: de onde esses torcedores retiram dinheiro para acompanhar o seu time de coração em todos os lugares? Não existe empresa que tolera faltas excessivas de funcionários sem demiti-los. Caso não tenham trabalho, possivelmente estejam envolvidos em práticas criminosas, até para conseguir dinheiro para bancar essas viagens. 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Internacional: A paz perde um guerreiro, morre Nelson Mandela



O terror do apartheid não derrotou a determinação de Mandela

Luís Alberto Caju
 A morte de Nelson Mandela nesta quinta-feira (5) deixa o mundo mais pobre em relação à luta pela paz e igualdade social. O homem que ficou encarcerado 27 anos, mas não permitiu que o ódio dominasse o coração. A máquina do apartheid (horroroso sistema de discriminação inventado pela África do Sul na década de 50) perdeu a força contra o preso político mais famoso do mundo da década de 1960 até 1990.
 Lembro-me de sua única e inesquecível visita ao Brasil, em 02 de agosto de 1990, para pedir apoio à sua causa. Recepcionado num almoço no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, descreveu o terror do apartheid em poucas palavras: “No meu país brancos e negros não podem conviver no mesmo espaço, como vejo aqui neste almoço. Nem sequer podem andar juntos na mesma calçada, mesmo sendo humanamente iguais”.
 Por causa de ameaças de extremistas, desde a libertação ocorrida em fevereiro daquele mesmo ano, uma multidão de policiais esteve ao redor do líder pacifista sul-africano. Era muito difícil qualquer contato com ele. Após o evento, Mandela saiu do local onde fora recepcionado para ir embora. No saguão a imprensa o aguardava, após várias horas de espera.
 A Polícia Federal tentou impedir qualquer contato, às vezes com empurrões e gritos. Neste momento aconteceu algo maravilhoso. Mandela olhou para nós, alguns com blocos de papel, gravadores e máquinas fotográficas nas mãos e pediu de forma serena calma aos policiais.
Durante 15 minutos respondeu diversas perguntas. Neste curto período, que para mim foi grandioso, pude observá-lo a menos de 2 metros de distância. Alto, talvez com 1,90m, os cabelos brancos na cabeça e o sorriso cativador. A voz pausada pela experiência da vida de lutas (e foram inúmeras) trouxe respostas brilhantes.
Ao perceber vários jornalistas negros e brancos juntos, mais uma vez atacou o apartheid: “Na África do Sul nas últimas décadas essa cena que vejo aqui neste lugar, não acontece. Ali não há igualdade, só barbárie e violência contra a população negra”. Mesmo com problemas que vocês enfrentam, ressaltou, percebo que o Brasil é um país maravilhoso, pois existe igualdade nesta nação.
Lista de convidados do inesquecível almoço oferecido a Nelson Mandela em São Paulo
 De forma lenta, virou-se e tomou a porta da saída do Palácio dos Bandeirantes, acenando para multidão que se espremia no saguão. De forma inesperada participei de um momento, que hoje classifico de inesquecível: estar diante do homem, que após Gandhi e Martin Luther King, sintetizou o quanto é maravilhoso não se deixar contaminar pelo ódio, o combustível da violência em todos os níveis.
 Passados 23 anos, nesta quinta-feira vieram à minha mente todas as lembranças desse encontro com Nelson Mandela. Do homem que lutou até fim para que o seu povo conhecesse o doce gosto da liberdade, sem qualquer resquício de revanche no coração. Mesmo maltratado pelo sistema prisional sul-africano, que resultou em sérios ataques à saúde, conseguiu viver para derrotar o aparheid. Entrou para a eternidade. Nunca será esquecido, mas lembrado, pois o “choro pode durar uma noite, mas alegria vem pela manhã”.
 O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, disse em pronunciamento nesta sexta-feira (6), que o velório do ex-presidente Nelson Mandela vai acontecer no dia 10 no Estádio Nacional de Johannesburgo, capital do país, e o enterro será no dia 15 na aldeia de Qunu, onde o líder passou sua infância. Entre os dias 11 e 13 de dezembro, o corpo de Mandela ficará exposto em Union Buildings, em Pretória, residência oficial e sede do gabinete da Presidência do país, local onde ele tomou posse após vencer as primeiras eleições democráticas depois do fim do apartheid. Cerimônias em memória do ex-presidente acontecerão em todo o país no período.
 Segundo Zuma, livros de condolências em todas as representações diplomáticas do país no Exterior, enquanto no quarto dia após a morte, iniciarão as visitas de "dignatários" à família de Madiba. No sexto dia após a morte de Mandela, será realizada uma cerimônia comandada por Zuma, na presença de líderes de várias organizações, que será acompanhada por telões nas principais cidades do país, incluindo o bairro Soweto, em Johannesburgo.  


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Jiló com Pimenta: Desabamento de prédio em Guarulhos



Debaixo dessa "montanha" de entulhos foi encontrado hoje o corpo do operário Edenilson de Jesus dos Santos

Luís Alberto Caju
 Bombeiros encontram corpo de trabalhador soterrado: Por volta de 13h45 desta quinta-feira (5), os Bombeiros encontraram o cadáver do operário Edenilson de Jesus dos Santos, 24, vítima do desabamento de um prédio de cinco andares em Guarulhos (SP) na última segunda-feira. A vítima estava desaparecida desde aquela data.
 Como escrevi ontem nesta coluna, suspeitava de algo estranho neste desastre, que resultou na morte de um trabalhador. Há denúncias de que o engenheiro responsável é investigado pelo Crea/SP (órgão de classe de engenheiros, arquitetos e agrônomos). De acordo com pedreiros que prestavam serviço no local, os pilares de sustentação do prédio apresentavam rachaduras.
 Segundo eles, quando reclamavam ao encarregado, o incompetente pedia para passar massa de cimento para esconder as trincas. O medo de trabalhar nesta construção era muito grande, na avaliação do ajudante-geral Erivaldo Jesus dos Santos. O pavor era tamanho, que antes de entrar em serviço, os funcionários rezavam pedindo que Deus não deixasse o prédio desabar e matar todos.
 Agora como fica a situação dos mutuários que compraram os apartamentos na planta? Serão ressarcidos pela construtora? Como ficará o projeto daqui por diante? Em caso de desistência, terão o dinheiro devolvido, com as devidas correções financeiras?
 Considero lamentável a informação da Prefeitura de Guarulhos, dizendo que a obra foi fiscalizada em setembro e tudo acontecia em conformidade com as determinações contidas no projeto licenciado. Mesmo que apresentasse problemas, o dinheiro iria falar mais alto, como ocorre em várias questões até acontecer a tragédia.
 Se o Ministério Público do Trabalho, em conjunto com o Crea, fizer um “pente fino” em muitas obras, a maioria vai apresentar problemas. Agora aguardemos a próxima tragédia. Infelizmente essa é a realidade do País que se aventurou em realizar uma Copa de Mundo, sem ter infraestrutura para eventos deste porte.


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Jiló com Pimenta: desabamento de prédio em Guarulhos e Adriano sem juízo

O prédio era projetado para 30 andares


Luís Alberto Caju

Desabamento de prédio em Guarulhos: Continuo com a “pulga atrás da orelha” em relação ao desabamento, na segunda-feira (2) de um prédio em construção na cidade de Guarulhos (SP). Segundo testemunhas o edifício de cinco andares ruiu rapidamente.  Surgiram notícias de que as paredes do imóvel apresentavam diversas rachaduras. Ele foi projetado para 30 andares. Imaginem se após a conclusão, já habitado, ocorresse o acidente?

 Não sou engenheiro, mas meu feeling de jornalista diz que existe algo estranho nesta história. O fato de toda a estrutura cair rapidamente, nesse caso, não poderia se suposto indício de uso de material de qualidade duvidosa? Infelizmente por causa da febre imobiliária, diversos edifícios saem do chão numa rapidez impressionante, quando deveria ocorrer o contrário.  Será que as construtoras, na louca vontade de ganhar dinheiro velozmente, não estão matando a galinha dos ovos de ouro, conhecida como segurança?

Desmiolado Adriano no Atlético/PR:

Juízo é algo inexistente na cabeça de Adriano Imperador

É bem provável que o atacante Adriano seja contratado pelo Atlético/PR, atual vice-campeão da Copa Brasil/2013. Com passagem conturbada pelo Corinthians, ele não inspira nenhuma confiança. É irresponsável. Gosta de frequentar boates, deixando em segundo plano treinamento e responsabilidade esportiva. É sério candidato a ser tornar morador de rua, quando não tiver mais fôlego para o futebol.


 Todo o dinheiro que ganhou, desde a época que esteve em times europeus, virou cinzas. O ex-técnico do Timão, Tite, o aconselhou várias vezes, de que era preciso tomar juízo. Mas Adriano não deu ouvido. Quando estiver na rua da amargura, poderá ser muito tarde para tentar recomeçar. Os exageros cometidos na juventude, principalmente de cunho financeiro, a vida cobra mais tarde com bastante juros.

Túnel do Tempo: Falência da Pan Am e fundação da Petrobras




A Pan Am foi a principal empresa aérea dos Estados Unidos desde a década de 1930 até quebrar em 1991




Luís Alberto Caju

  Falência da Pan Am: No dia 4 de dezembro de 1991, a Pan American World Airways, mais conhecida como Pan Am, então a principal empresa aérea dos Estados Unidos desde a década de 1930 pediu falência. Ela foi pioneira na uso em larga escala e difundida de aviões a jato, aeronaves Jumbo e do sistema de reservas computarizado. 

Atualmente, a empresa, controlada pelo grupo de transportes Ratzenberger, opera como Pan Am Clipper Connection, para cidades do Nordeste dos Estados Unidos, Flórida, República Dominicana e Porto Rico

Fundação da Petrobras:
O presidente Getúlio Vargas assinou o decreto de criação da Petrobras em 1951


No dia 3 de outubro de 1950 é fundada a Petrobras. No ano seguinte, em 6 de outubro, o presidente Getúlio Vargas envia  ao Congresso Nacional o decreto criando a Petrobras (Petróleo Brasileiro S/A).  A criação da estatal  é resultado da campanha popular que começou em 1946, com o histórico slogan "O petróleo é nosso".