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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Saúde: Covid-19: mortes somam 359 e infectados são 9 mil no Brasil



Desde ontem, foram registrados 1.146 pacientes infectados


Agência Brasil 

O número de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus no Brasil subiu de 7.910 para 9.056 entre ontem (2) e hoje (3), conforme a atualização do Ministério da Saúde.
O número de óbitos por covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, saltou de 299 para 359. O índice de letalidade, que era de 3,5% no início da semana, foi para 3,8% ontem e chegou a 4% no balanço anunciado hoje.
As mortes ocorreram em São Paulo (219), Rio de Janeiro (47), Ceará (22), Pernambuco (10), Amazonas (7), Minas Gerais (6), Distrito Federal (5), Bahia (5), Rio Grande do Sul (5), Santa Catarina (5), Paraná (4), Piauí (4), Espírito Santo (4), Rio Grande do Norte (4), Sergipe (2), Alagoas (2), Goiás (2), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (1), Mato Grosso (1), Pará (1), Paraíba (1) e Rondônia (1).  
Os novos casos totalizaram 1.146. O resultado significou um aumento de 15% em relação ao total registrado antes. Foi o maior número de novos casos em um dia desde o início da série.
Casos por dia em 3/4
Ministério da Saúde/Divulgação

Casos por dia

Já as novas mortes em um dia também bateram recorde, com 60. Nos quatro dias desta semana, os números de novas mortes foram de 23, 42, 40 e 58. No tocante ao perfil, 57,7% eram homens e 42,3%, mulheres. No recorte por idade, 85% das vítimas tinham acima de 60 anos.
Já com relação às doenças de pessoas que faleceram, 164 tinham alguma cardiopatia, 114 tinham diabetes, 45 passavam por alguma condição respiratória e outros 30 apresentavam alguma patologia neurológica. As hospitalizações por covid-19 totalizam 1.769.

Insumos e equipamentos

O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a fala no receio com o abastecimento de insumos e equipamentos. Isso porque a China é responsável por boa parte do mercado e ficou sem exportar durante dois meses. Quando voltou a comercializar, há algumas semanas, a demanda internacional tem sido enorme.
Governos do Nordeste, exemplificou Mandetta, adquiriram respiradores e ventiladores de fornecedores chineses. Mas hoje foi comunicado que a compra não se confirmou. Com a pandemia, diversos países estão tendo políticas voltadas a garantir o seu mercado interno.
“Temos um clima delicado no mundo. Estamos vendo retenção sobre produções globais de máscaras. Antes era global agora é só para atender o meu país. Estamos dialogando com países para ter racionalidade e achar ponto de equilíbrio. Vamos precisar de entendimento para que cada país ultrapasse com dignidade essas questões”, disse.
O titular da pasta da saúde comentou o caso de Manaus, que pediu socorro ao Ministério da Saúde por falta de capacidade do sistema de saúde local de atender à demanda. O órgão viabilizou o transporte de respiradores obtidos juntamente à Rede D´Or utilizando a Força Aérea Brasileira.
Mandetta reiterou a importância das medidas de retenção da circulação de pessoas adotadas pelos governos estaduais. “Cada pessoa que deixa de ir pro CTI é insumo que estamos economizando porque sabemos que podemos ter espiral de casos que vão demandar todo o sistema de saúde”, acrescentou.

Médico não abandona paciente

Perguntado por jornalistas, Mandetta falou sobre a relação com o presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que “médico não abandona paciente.” O ministro disse entender as pressões de empresários, o lado político e a cobrança de que a solução seja rápida.  E cogitou sair no futuro, mas reafirmou que não deixará o cargo agora.
“O caso é uma situação global que nos desafia a todos, e estamos aqui para trabalhar, para ajudar. Se depois que isso terminar, tenho certeza que por qualquer uma das situações, talvez seja mais importante ir debater o sistema de saúde pós-covid em outro lugar. Mas no momento, eu vou estar ali. E vamos ter dias ruins”, afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro vem defendendo a retomada das atividades econômicas e alívio nas medidas de distanciamento social. O ministro defendeu que as pessoas atendam às recomendações dos governadores dos seus estados, que têm os melhores números e avaliações sobre a realidade das suas localidades. “Sociedades que conseguiram código de comportamento restrito, conseguiram passar sem a espiral alta. As que não conseguiram, tiveram colapso. E quando acontece isso, a economia sofre muito mais”, opinou.

Hospital de campanha

O ministro informou que o governo está desenvolvendo um modelo de hospital de campanha que poderá ser implantado em estados que tenham necessidade. A primeira unidade deverá ser instalada no entorno de Brasília, região que pertence ao estado de Goiás mas que fica distante da capital, Goiânia.
O projeto vai funcionar como uma espécie de “piloto”. “Vamos ver como a unidade se dá, do ponto zero até hora que está instalada. Após a confecção devemos saber como apoiar os estados”, disse Mandetta.

Túnel do Tempo: Martin Luther era assassinado nos Estados Unidos


King bateu de frente com o sistema de um  país que se considerava modelo de democracia e liberdade



Luís Alberto Alves/Hourpress

Em 4 de abril de 1968, aos 39 anos de idade, terminava a carreira do pastor Martin Luther King, prêmio Nobel da Paz de 1964, assassinado a tiros na sacada de um hotel em Memphis, sul dos Estados Unidos.
Em dois atentados anteriores, ele conseguira escapar por pouco da morte. O negro que tanto se engajou pela igualdade de direitos nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960 alcançou apenas os 39 anos de idade.

O autor do disparo teria motivos supostamente racistas. Em dezembro de 1999, no entanto, um processo civil no Estado do Tennessee chegou à conclusão de que sua morte foi planejada por membros da máfia e do governo norte-americano.

King bateu de frente com o sistema de um  país que se considerava modelo de democracia e liberdade, mas seus habitantes eram classificados de acordo com a raça. Os negros eram discriminados em todos os setores: na política, na economia e no aspecto social.

Eles não podiam votar, eram chamados pejorativamente de "nigger" e "boy", seu trabalho não era devidamente remunerado, e as agressões dos brancos eram rotina. Até que, em dezembro de 1955, em Montgomery, a costureira negra de 52 anos Rosa Parks resolveu não ceder seu lugar num ônibus para um passageiro branco.

Parks foi presa e, em decorrência, Martin Luther King, pastor da cidade, conclamou um boicote dos negros aos ônibus. Em um ano, tornou-se tão conhecido no país que assumiu a liderança do movimento negro norte-americano.

O boicote aos ônibus foi apenas o começo. Seguiram-se as marchas de protesto de King e milhares de defensores dos direitos civis em todo o país, acompanhadas de violações conscientes da legislação racista. Usavam, por exemplo, as salas de espera e os restaurantes reservados aos brancos. Nem a violenta repressão policial enfraqueceu o movimento.

Ele manteve esta filosofia, mesmo quando os 1.100 participantes do movimento negro radical exigiram a divisão dos Estados Unidos em dois, para brancos e negros, na Black Power Conference, em 1967.

Vinte e quatro horas antes de sua morte, Martin Luther pronunciou o célebre discurso em que anunciava ter avistado a terra prometida. "Talvez eu não consiga chegar com vocês até lá, mas quero que saibam que nosso povo vai atingi-la", declarou ele, como se previsse a proximidade da morte.

Seu assassinato provocou consternação internacional. As inquietações raciais se agravaram em Chicago e Washington. Depois de anunciar o fim dos bombardeios no Vietnã e sua desistência de se recandidatar à Casa Branca, o presidente Lyndon Johnson chegou a adiar uma viagem ao exterior.
Em memória a King, no ano de 1983, os Estados Unidos tornaram feriado nacional a terceira segunda-feira de janeiro (ele havia nascido em 15 de janeiro de 1929).
  
Último discurso

Biografia

Raio X de Sampa: Conheça a história da Avenida Nazaré


Luís Alberto Alves/Hourpress

Este nome recorda um dos heroicos episódios da guerra contra os holandeses em Pernambuco. O forte de Nazaré, no Cabo de Santo Agostinho, resistiu heroicamente ao cerco do invasor, entregando-se quando não mais restavam possibilidades de defesa, em 2 de julho de 1635. O nome de Avenida Nazaré (foto) é de 1916, que antes se chamava Rua Asilo de Órfãos.

sábado, 28 de março de 2020

Internacional: Especialista diz que Itália ainda não chegou ao pico de contágio



Nesta sexta-feira (26), 969 pessoas morreram em 24 horas


Agência Brasil 

As infecções por coronavírus na Itália ainda não atingiram seu pico, disse o chefe do Instituto Superior de Saúde do país, Silvio Brusaferro, nesta sexta-feira (27), um dia após mais de 6.150 pessoas terem resultado positivo e 969 morrerem em um período de 24 horas em razão do vírus.
"Nem atingimos o pico nem ultrapassamos", disse Brusaferro em entrevista coletiva.
Ele afirmou, no entanto, que há "sinais de desaceleração" no número de pessoas infectadas, sugerindo que o pico pode não estar muito longe, após o qual novos casos devem mostrar uma tendência visível de queda.
"Quando a queda começar, se vai ser acentuada, dependea do nosso comportamento", disse Brusaferro, referindo-se à intensidade com que os italianos continuarão a respeitar as restrições de um confinamento imposto pelo governo.

Internacional: Los Angeles pode igualar Nova York em casos de coronavírus em dias


O número de casos no condado de Los Angeles chegou a 1.465


Agência Brasil 

Os casos de coronavírus em Los Angeles estão aumentando, colocando a região no caminho para ter tantos casos quanto a cidade mais atingida nos Estados Unidos, Nova York, em cinco dias, disse o prefeito Eric Garcetti na sexta-feira, falando de um navio-hospital no Porto de Los Angeles.
O número de casos no condado de Los Angeles subiu 50% na quinta-feira e outros 20% até meio-dia de sexta-feira, para um total de 1.465, afirmou Garcetti em entrevista coletiva com o governador democrata, Gavin Newsom, a bordo do navio.
Se o crescimento seguir no ritmo de quinta-feira, o condado vai igualar os 25.398 casos da cidade de Nova York em cinco dias; se os casos aumentarem na taxa de sexta-feira, levará apenas mais alguns dias para alcançar a metrópole da Costa Leste.
"Nosso modelo está se movendo como esperávamos", disse Newsom. "Em Los Angeles, eles estão vendo números que os colocam no caminho para ficar alinhados, dentro de uma semana, onde a cidade de Nova York está atualmente."
Newsom e Garcetti percorreram o U.S.N.S. Mercy Hospital Ship, instalado no Porto de Los Angeles para fornecer mais 1.000 leitos ao sistema médico da região. O navio será usado para casos que não sejam de Covid-19, para que outros hospitais possam aumentar sua capacidade de cuidar de vítimas da doença causada pelo coronavírus.
O aumento da capacidade na Califórnia ocorre quando médicos e enfermeiros da linha de frente da crise do coronavírus nos EUA pediram, na sexta-feira, por mais equipamentos de proteção para tratar pacientes que devem sobrecarregar hospitais, já que o número de infecções conhecidas nos EUA atingiu mais de 100.000.
Os Estados Unidos ficaram em sexto lugar no número de mortos entre os países mais atingidos, com pelo menos 1.551 vítimas fatais, de acordo com dados oficiais compilados pela Reuters. Em todo o mundo, há mais de 576.000 casos confirmados e 26.455 mortes, informou o Centro de Recursos de Coronavírus Johns Hopkins.
Até sexta-feira, 3.801 pessoas testaram positivo para coronavírus na Califórnia e 78 morreram, disse Newsom.

Economia: Conheça detalhes do auxílio a pequenas e médias empresas



Medida beneficiará 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de pessoas


Agência Brasil 

O governo anunciou ontem (27) uma linha de crédito emergencial para ajudar pequenas e médias empresas a quitar a folha de pagamentos. O setor está entre os mais afetados pela crise gerada pela pandemia de covid-19. A estimativa é de liberação de R$ 40 bilhões.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o presidente, além da preocupação com a disseminação do coronavírus e os efeitos da doença, é preciso garantir empregos para a população. “Devemos diminuir a altura dessas duas ondas [da infecção e do desemprego]”, disse.
A medida deve beneficiar 1,4 milhão de empresas, atingindo 12,2 milhões de trabalhadores. O crédito será destinado a empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil a R$ 10 milhões e vai financiar dois meses da folha de pagamento, com volume de R$ 20 bilhões por mês.
Segundo o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, a medida será operacionalizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com os bancos privados. O limite de financiamento é de dois salários mínimos. Ou seja, se o trabalhador ganha mais de dois salários mínimos, a empresa terá que complementar o salário.
Ao contratar o crédito, a empresa assume o compromisso de que não demitir o funcionário nesse período de dois meses. “A empresa fecha o contrato, e o dinheiro vai direto para o funcionário. A empresa fica só com a dívida”, disse Campos Neto, explicando que os recursos não passarão pela conta da empresa.
A taxa de juros será de 3,75% ao ano (atual taxa Selic). Do total a ser liberado por mês (R$ 20 bilhões), R$ 17 bilhões serão recursos do Tesouro Nacional e R$ 3 bilhões dos bancos privados. Serão seis meses de carência e 36 meses para o pagamento.
“O Tesouro disponibiliza os recursos, aplica os subsídios e fica com as perdas e ganhos das operações”, afirmou o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
Segundo Campos Neto, a linha estará disponível em uma ou duas semanas. “Quarenta e cinco por cento do custo de uma pequena e média empresa é folha de pagamento, normalmente em torno 20% ao ano. Temos que atravessar este período garantindo emprego para os trabalhadores”, afirmou. Ele acrescentou que o custo de demissão para as empresas é equivalente a três ou quatro meses de salário.

Caixa

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, também ressaltou que o banco já emprestou R$ 20 bilhões aos clientes para enfrentar a crise provocada pelo coronavírus. No total, a instituição já injetou R$ 111 bilhões em recursos.
“Vamos continuar reduzindo juros, aumentando prazos para pagamento e dando liquidez para a economia”, disse Guimarães sobre as medidas anunciadas ontem (26) pelo banco.
De acordo com Guimarães, a Caixa também vai operacionalizar o pagamento do auxílio emergencial de três meses, no valor de R$ 600, destinado aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus.
Entretanto, Guimarães destacou que, antes se  iniciar o pagamento, a medida precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Um decreto presidencial também será editado para regulamentar a operação.

Compra de carteira de crédito

Roberto Campos Neto informou ainda que está em estudo uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para que o Banco Central possa comprar carteira de crédito diretamente das instituições financeiras. “O máximo que o Banco Central pode fazer [atualmente] é injetar liquidez [no mercado]. Nem sempre a liquidez chega na ponta final. Precisa de uma PEC para que o Banco Central tenha poder para comprar crédito”, disse.
O presidente do BC informou ainda que na próxima semana a instituição deve lançar medida de concessão de empréstimos a bancos com lastro em letras financeiras garantidas por operações de crédito.
Para começar a valer, será necessária a edição de medida provisória, com abertura de crédito extraordinário de R$ 34 bilhões por dois meses (R$ 17 bilhões por mês) e a criação de um fundo com aporte do Tesouro, operacionalizado pelo BNDES, fiscalizado e supervisionado pelo Banco Central.

Setor de saúde

Gustavo Montezano informou ainda que na próxima semana será disponibilizada uma linha emergencial para empresas de saúde no valor de até R$ 2 bilhões. “Já temos cerca 30 empresas mapeadas para absorver esse produto”, disse o presidente do BNDES.

Economia: Corte na arrecadação de Sesc/Senac pode causar demissão de 10 mil


Medida foi anunciada pelo governo para enfrentar crise do coronavírus


Agência Brasil 

Documento enviado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a todos os governadores brasileiros revela que o corte de 50% na arrecadação compulsória por 90 dias, definido pelo governo federal para diminuir os efeitos da pandemia do novo coronavírus, provocará o fechamento de 265 unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). 
O corte foi anunciado semana passada em pacote do governo para enfrentar crise causada pela pandemia do coronavírus. Ele consiste na redução em 50% das contribuições de empresários para o Sistema S (que inclui o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai; Serviço Social do Comércio - Sesc; Serviço Social da Indústria- Sesi; e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio- Senac) por três meses, numa economia total de R$ 2,2 bilhões para as empresas. 
Segundo o CNC, o movimento deve gerar a demissão de 10.210 trabalhadores em todo o país. A medida reduzirá mais de 36 milhões de atendimentos, vagas e inscrições nos serviços oferecidos.
Os estados mais prejudicados serão Rio de Janeiro, com 34 unidades fechadas; Pernambuco (29); Santa Catarina (28); Rio Grande do Norte (18); Goiás (17); Piauí e Paraná (16 unidades fechadas, cada); Amazonas (15); Minas Gerais (14); e Acre (13).
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que a redução dos atendimentos do Sesc e do Senac vai afetar municípios que necessitam da infraestrutura das duas instituições, inclusive para atendimento básico à população. “Mais de 90% das unidades que poderão ser fechadas estão presentes em regiões que, muitas vezes, carecem da presença do governo e, principalmente nestas localidades, os serviços que o Sistema Comércio oferece chega aos mais pobres, a parcela que sofrerá o maior impacto com o fechamento (das unidades)”, ressaltou Tadros.
A CNC encaminhou um plano de ações do Sesc e do Senac ao presidente Jair Bolsonaro, aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Luiz Mandetta (Saúde), e aos titulares da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, David Alcolumbre, para evitar o fechamento das unidades e a demissão de milhares de trabalhadores. O plano envolve recursos da ordem de R$ 1 bilhão que serão usados, principalmente, no combate ao coronavírus e na prestação de serviços à sociedade nos próximos três meses. Essa verba de R$ 1 bilhão corresponde a 50% da contribuição compulsória do Sesc e Senac em três meses. Segundo Tadros, a capilaridade do Sesc e Senac poderá ser usada para reduzir os impactos da pandemia de coronavírus em municípios brasileiros carentes de estrutura .

Medidas propostas

Uma das medidas propostas pela CNC é colaborar na identificação da abrangência do número de infectados no Brasil e no apoio à instrumentalização dos profissionais de saúde, por meio da aquisição e distribuição de materiais necessários à prevenção e ao combate à pandemia, em conformidade com as orientações dos órgãos governamentais de saúde.
Em caráter emergencial, poderão ser mobilizadas as redes de supermercados, restaurantes, bares e outros doadores para a coleta e distribuição de alimentos para instituições sociais, por meio do Projeto Mesa Brasil, de abrangência nacional. O Mesa Brasil Sesc é uma rede nacional de bancos de alimentos contra a fome o desperdício, que objetiva contribuir para a promoção da cidadania e a melhoria da qualidade de vida de pessoas em situação de pobreza, promovendo sua inclusão social.
A terceira proposta da CNC envolve a disponibilização das unidades do Sesc e do Senac, incluindo 50 unidades móveis, para ampliação e interiorização das ações de atenção primária à saúde, entre as quais vacinação, coleta de sangue, ações gerais de prevenção.
A quarta medida é ligada ao desenvolvimento e oferta de programações gratuitas visando a mobilização da sociedade em geral e a capacitação de profissionais da área de saúde, atendendo as demandas e prioridades do Sistema Único de Saúde (SUS). Serão usadas para esses fins as plataformas digitais do Sesc e Senac.
Já a quinta medida se refere à aquisição e disponibilização de respiradores e outros equipamentos necessários para o tratamento de infectados pelo coronavírus.